sexta-feira, 28 de maio de 2010

Buscando a excelência

Imagine estar preparado, trabalhar em uma área adequada exatamente às suas habilidades, não ter que tomar decisões complexas e não precisar assumir riscos ou lidar com incertezas. Bom não? Viver na chamada zona de conforto pode ser o sonho de muita gente, mas é um perigo para o crescimento profissional e pessoal.

Quando falamos em crescimento, temos que considerar que ele só ocorre através de um estímulo. É uma forma de evolução definida através das mudanças de pensamento e rotina, o efeito resultante de uma causa exterior.

O problema é que quando uma pessoa entra na zona de conforto, todo o avanço cessa, não há desafios, paramos de nos desenvolver e ficamos estagnados no tempo. Nesse ponto a rotina parece reconfortante, mas é uma falsa sensação de segurança, uma vez que o mundo está evoluindo e quem está na zona de conforto, não.

Todos os dias, cada um de nós tem o poder da escolha, podemos decidir se avançamos um pouco mais ou se apenas continuamos, mantendo as coisas do jeito que estão. É claro que a manutenção do que já existe é mais fácil e cômodo, mas é nos desafios que encontramos o verdadeiro crescimento.

Cada um, dentro de si, tem capacidades que ainda não conhece, habilidades escondidas que são verdadeiras possibilidades de renovação, e só podem ser reveladas fora da zona de conforto, a partir de novas experiências.

Permitir essas experiências é o segredo para se manter em movimento, querer ser melhor a cada dia, aproveitar as oportunidades que estão disponíveis a cada um, agir com entusiasmo, confiança e não desanimar, afinal, o segredo dos melhores profissionais está em buscar a excelência, sempre.


"Para acordar um pássaro em uma floresta basta o amanhecer chegar, mas para acordar uma pedra é preciso usar uma dinamite." Dilson Almeida

terça-feira, 4 de maio de 2010

O primeiro voto a gente nunca esquece

Avaliar o conhecimento cívico e político da população brasileira é um desafio desestimulante. Sem querer ser pessimista e sem uma estimativa exata da situação, levando em consideração que não existem atualmente pesquisas relacionadas a esse assunto, acredito que mais de 80% da população economicamente ativa não tem conhecimento, fundamentação ou embasamento crítico para escolher, de maneira consciente, seus representantes nas esferas executiva e legislativa.

Citei só a parcela economicamente ativa porque a considero a mais interessada, pelo menos diretamente, nas ações ou projetos votados no congresso, nas assembléias legislativas e nas câmaras municipais espalhadas pelo nosso país. Isso porque é essa população que movimenta as turbinas do governo, e se não houver consciência política em todo o colégio eleitoral brasileiro, deveria haver, pelo menos, nos eleitores responsáveis pela sustentação econômica da nação.

Nos últimos 20 anos, as escolas, públicas ou privadas, não possuem nenhuma disciplina que envolva um ensino específico de leis, civismo ou história política recente, voltada para a avaliação da postura de personalidades ou partidos políticos. Diferente do que acontece nos países de primeiro mundo que possuem disciplinas específicas e proporcionam debates nas escolas a fim de criar, desde cedo, uma visão crítica da situação política atual.

Após a eliminação da saudosa "educação moral e cívica", matéria outrora obrigatória nas escolas, extinta do curriculo escolar por ser considerada uma herança do regime militar, sentimos na pele, ou melhor, nas urnas a falta que faz a educação para o exercício da cidadania.

É verdade que a maioria dos chamados "representantes do povo" não tem interesse social, financeiro ou político na educação, que é a única opção real e verdadeiramente eficaz para combater o analfabetismo político. É muito mais fácil sugerir projetos relacionados a outros temas, rebater projetos já existentes ou mesmo evitar a questão para que o povo não tenha consciência. Isso porque a consciência do povo limita o poder e a imoralidade das ações dos vampiros da máquina pública.

No entanto, ainda que timidamente, surgem alguns projetos que visam quebrar esse círculo vicioso do qual fazemos parte. Ideias levadas a diante mesmo com o desinteresse de alguns.

Em 2004, o Tribunal Regional Eleitoral de Roraima lançou um projeto para conscientizar os jovens entre 16 e 17 anos sobre a importância de tirar o título de eleitor e participar do pleito eleitoral através da escolha consciente dos candidatos.

Outro exemplo, agora em nossa querida Uberlândia, é o projeto "Educação para uma Cidadania Política" do vereador Adriano Zago.

Uma das ações do projeto é a campanha "Meu primeiro voto". Também com o intuito de incentivar os jovens a emitirem o título de eleitor, a campanha é realizada através de palestras em escolas públicas e privadas, e visa criar uma consciência política, explicando sobre os três poderes da República Federativa e esclarecendo dúvidas sobre como ocorrem as eleições, porque pode existir mais de um turno, como é feita a apuração e o que deve ser analisado antes de escolher um candidato.

Esperamos que ações louváveis como essa possam, de alguma maneira, cobrir um pouco da lacuna deixada pelas deficiências da educação pública, e minimizar as consequências diretas da falta de incentivo à educação em nosso país.